Esquadrão da Alegria está com inscrições abertas para voluntários; conheça a ONG

Transformar o ambiente hospitalar em um local mais leve e animado. Essa é a missão do Esquadrão da Alegria, que há 15 anos ameniza a tensão nos corredores dos hospitais de Santa Maria. A Organização Não Governamental (ONG) está com inscrições abertas para o ingresso de novos voluntários para a equipe.

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​Doutores besteriologistas, assim chamados os voluntários, usam um nariz de palhaço, pintam seus rostos e se caracterizam para entrar nesse ambiente. Atualmente, são 34 integrantes, entre homens e mulheres, que visitam todas as alas dos hospitais, interagindo com pacientes.

Por causa da grande demanda de trabalhos nos mais diversos hospitais da cidade e com a possibilidade de aumento das parcerias com as unidades de saúde, é hora de aumentar a rede de voluntários. Por isso, as inscrições para ser um novo doutor besteriologista estão abertas até o dia 20 de agosto. 

De acordo com Lara Zimmer, 50 anos, diretora local da ONG, os requisitos são: ser maior de 18 anos, ser de qualquer área de formação (ou seja, não precisa ser médico) e ter interesse de fazer parte do projeto:

– Todo mundo tem um palhaço em potencial dentro de si, só falta puxar esse palhaço para fora e fazer o bem, né?

São três etapas de processo seletivo. A primeira é o preenchimento de um formulário de inscrição online, enquanto as outras, já no mês de setembro, envolvem encontros, dinâmicas, oficinas e entrevistas. Todas as etapas são classificatórias e eliminatórias.

– Ainda não temos um planejamento sobre o número de vagas, tudo vai depender do que ocorrer nas etapas e do potencial dos candidatos no processo seletivo – conta Lara.

Apesar de ser um trabalho voluntário, é necessário dedicação e organização de todos. Por isso, é feito um cronograma no início de cada mês com as ações a serem realizadas nos hospitais. Assim, cada voluntário realiza, no mínimo, duas visitas mensais. 

– Também não pode ir sozinho na visita, ela é sempre feita em dupla, no mínimo. Assim, é preciso que o voluntário combine com um outro colega de irem juntos – explica a diretora.

Além das visitas, os outros compromissos necessários são: participar, mensalmente, de uma reunião geral e também de um treinamento. 

– Às vezes acontecem oficinas extras, com foco total no aperfeiçoamento do voluntário. Em algumas oportunidades, vêm alguém de fora dar algum treinamento também – conta Lara.

O turno para realizar essas ações também varia muito: manhã, tarde, noite. Lara conta que alguns hospitais permitem visitas noturnas, então é só encaixar a agenda com a disponibilidade de cada um.

Entrar em um ambiente no qual as pessoas não gostariam de estar lá exige uma certa precaução. Como será que o público reage às visitas? Lara conta que a recepção, normalmente, é positiva, já que a maioria entra na brincadeira. O foco, nesse momento, não é só em quem está internado, e sim em todos que estão naquele lugar, para que entrem em um "clima de interação e leveza".

– As pessoas comentam muito que as crianças devem nos adorar, pois acham que interagimos somente com elas. Aí eu respondo: claro, as crianças de zero a 120 anos! – conclui Lara.

Etapas do processo seletivo para fazer parte do Esquadrão da Alegria:

• 1° etapa (até o dia 20/08): preenchimento do formulário de inscrição online (clique aqui)
• 2º etapa (entre os dias 1º e 2/09): apresentação da ONG, informações gerais, dinâmicas e entrevistas

• 3º etapa (14/09): oficina de teatro e palhaçaria junto aos outros integrantes da equipe

• Resultado final: cerca de 3 a 4 dias após a última etapa